X

Brasil

Com crise, cresce número de brasileiros que deixam de morar em imóveis financiados

De acordo com a pesquisa, caiu 4,5% o número de domicílios onde o morador é proprietário e as prestações não foram quitadas

Folhapress

Publicado em 26/04/2018 às 11:20

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Por outro lado, houve aumento de 6,9% no número de domicílios cedidos por terceiros / Alexandre Carvalho/A2img/Fotos Públicas

A crise econômica forçou brasileiros que compraram imóveis em prestações a deixar suas residências por não conseguir pagar as parcelas, indica pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgada nesta quinta (26).

De acordo com a pesquisa, caiu 4,5% o número de domicílios onde o morador é proprietário e as prestações não foram quitadas. Por outro lado, houve aumento de 6,9% no número de domicílios cedidos por terceiros - que podem ser parentes ou empregadores, por exemplo.

Os dados são parte da pesquisa Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores 2017, feita com base em informações coletadas pela Pnad-C (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).

A pesquisa mostra crescimento de 0,8% no número de unidades domiciliares no Brasil, que chegou em 2017 a 69,8 milhões, ou 550 mil a mais do que no ano anterior.

Deste total, 67,9% eram próprios do morador e já quitados, 5,6% próprios ainda a quitar, 17,6% alugados e 8,7% cedidos. O número de domicílios alugados cresceu 1,6% com relação ao ano anterior.

A coordenadora da Pnad-C, Maria Lúcia Vieira, diz que a queda no número de domicílios não quitados e o aumento dos alugados e dos cedidos pode indicar que proprietários em dificuldades para pagar as prestações decidiram entregar os imóveis ou alugá-los para viver em residências mais baratas.

Esse corte da Pnad começou a ser feito em 2016 e, portanto, não há como fazer comparações de longo prazo.

Pesquisa anterior divulgada pelo IBGE no início de abril mostrou que cresceu 7% o número de brasileiros que contou com aluguel para complementar a renda em 2017.

DESIGUALDADES

A pesquisa desta quinta confirma desigualdades nas condições de habitação no país, principalmente em relação ao acesso a água e esgoto.

Na média nacional, 85,7% dos municípios têm acesso à rede de distribuição de água. Mas, enquanto no Sudeste o índice chega a 92,5%, no Norte é de apenas 59,2% e no Nordeste, de 80,3%.

Já no tratamento de esgoto, a média nacional de acesso à rede é de 66%. No Sudeste, chega a 88,9%. No Norte é de apenas 20,3% e no Nordeste, de 45,1%.

De acordo com os dados do IBGE, 2 milhões de domicílios no país ainda usam "outras formas de esgotamento", em suia maioria, despejo a céu aberto - no Norte, esses representam 8,8% do total e no Nordeste, 4,3%.

O acesso à energia elétrica é quase universal no país, chegando a 99,8% dos domicílios, seja pela rede ou por fontes alternativas.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

TÚNEL

Se depender de Tarcísio, motoristas vão usar balsas pelo menos até 2031

Governador não quis se comprometer com prazo para emissão da licença ambiental que autoriza o início da obra da ligação seca entre Santos e o Guarujá

Balsas

População cobra travessias eficientes na Baixada Santista

Segundo informações recentes, atualmente, existe somente um rebocador amarrado a um flutuante, em substituição às balsas que foram retiradas aproximadamente há um ano

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter